Dividida entre Marta e Maria


Continuação do post “O coração de Maria”

Nós, mulheres cristãs, enfrentamos uma luta diária, quando o trabalho e a adoração entram em conflito.

Parte de nós é Maria, queremos adorar com todo o fervor e sentar aos pés do Mestre. Mas por outro lado, como Marta, “há tanta coisa para fazer!”.

Queremos adorar com prontidão, mas as “tarefas urgentes” nos engolem… O problema é que muitas destas tarefas importantes, nem precisam ser feitas hoje ou até mesmo esta semana. Horas extras de oração e de estudo bíblico podem esperar, mas tarefas urgentes requerem uma resposta imediata. Demandas intermináveis, pressionam cada dia e hora.

Além do trabalho fora de casa, acresce o trabalho doméstico: roupa e louça para lavar, passar a ferro, levar os filhos para a escola …

Então onde encontramos tempo para seguir Maria até aos pés de Jesus? Onde encontramos energia para buscar e servir o Senhor? Como escolhemos a melhor parte e ainda conseguimos fazer tudo que realmente deve ser feito?

Jesus é o nosso exemplo supremo. Ele nunca estava apressado, sabia quem era e para onde ia. Não se tornou refém das necessidades afoitas deste mundo.

Jesus saía de um lugar de oração para outro e fazia milagres nesses intervalos. Como é incrível estar em sintonia com Deus, de modo que nenhuma acção seja desperdiçada e nenhuma palavra, caía por terra!

Esta é a intimidade que Jesus nos convida a compartilhar. Atendendo ao seu convite, encontramos a chave para os nossos anseios, o segredo de viver para além das pressões diárias, que por sua vez tentam nos afastar com força. A medida que aprendemos o significado de escolher a melhor parte da intimidade com Cristo, inicia-se uma mudança em nós. Não se trata de uma mudança qualquer, o Salvador nos aceita da maneira como somos – Maria, Marta ou a combinação de ambas – mas nos ama demais para permitir que continuemos assim. Ele é único que pode nos dar o coração de Maria em um mundo de Marta.

Esta transformação é exactamente o que vemos na continuação da história das irmãs nos Evangelhos. Marta não põe de lado sua personalidade, não desiste dos seus hobbies ou queima os seus livros de receitas para adorar a Jesus. Não tenta ser igual a Maria; simplesmente obedece. Recebe a repreensão de Jesus e aprende que há o momento para trabalhar e o momento para adorar. A Marta que veremos mais adiante, é cheia de fé e confiança. O tipo de fé e confiança que só se adquire aos pés de Jesus.

Maria também mudou. Embora a sua natureza contemplativa a faça uma adoradora nata, também a deixa vulnerável ao desespero, como vemos adiante nos Evangelhos. Mas, no final, quando percebe que Jesus está próximo, ela coloca em acção o que aprendeu com a adoração. Ela segue adiante e agarra a oportunidade de servir de um modo maravilhoso e sacrificial.

Duas mulheres completamente diferentes sofrem uma transformação bem diante dos nossos olhos: uma santa renovação. A audaciosa se torna mansa, e a meiga, corajosa. É impossível estar na presença de Deus e não ser transformado.

Continua.

Adaptado do livro: “Como ter o coração de Maria no mundo de Marta”

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