Espaço Pessoal - Ansiedade e Preocupação

No Espaço Pessoal de hoje, eu não contarei de uma experiência que tive e venci, contarei sobre um problema, que recentemente, descobri que tenho na minha personalidade, a preocupação inútil.
Eu estava a espera do comboio (metrô, no Brasil), e como ainda faltava cerca de 40 minutos, e eu estava sozinha, eu resolvi ler um pouquinho. Naquele momento eu estava mergulhada em mais uma das minhas preocupações inúteis e resolvi ler para distrair… O livro que tirei para ler é o “Como ter o coração de Maria em mundo de Marta”, um livro maravilhoso (do qual faço postagens no blog http://perolasdauniversal.wordpress.com/).

Tal como a autora do livro, eu sempre achei que era bom nos preocuparmos excessivamente com tudo, era uma maneira de controlar tudo ao nosso redor e prever tudo o que poderia nos acontecer, para não estar surpreendida pelo inesperado.

O livro dizia: “Podemos ser um pouco neuróticas, mas nossas crianças nunca se machucam. Nossos maridos sempre usam cuecas limpas (em caso de acidente, os paramédicos saberão que suas esposas lhes tratam bem). Não saímos muito, mas nossas casas brilham com tanta limpeza (gostaríamos de convidar mais pessoas para uma visita, mas e se disserem “não”? e se disserem “sim”?)".

A preocupação, dá a ideia de que nos é uma preciosa ajuda, porém é uma “perigosa ilusão”.

Continuando, a autora fala que:
40% Das preocupações são coisas que nunca acontecerão.
30% Se referem ao passado - que não pode ser mudado.
12% Dizem respeito à crítica alheia que, na maioria das vezes, não tem fundamento.
10% São sobre saúde, que piora com o stress.
8% Se referem a problemas de verdade, que podem ser resolvidos.

Diante disso, é possível ver que a maioria das nossas preocupações são inúteis.

A autora continua e se refere a uma amiga sua, que conta: “ “Estou sentada no sofá, quando, de repente, um dos meus pensamentos adquire vida”. Logo depois ela se vê chorando e aos soluços, “Em questão de segundos, os meus filhos morreram, meu marido se divorciou de mim e estou vivendo nas ruas…!”

E aí esta o perigo deste tipo preocupação! Além, de nos preocuparmos com coisas que não têm lógica nenhuma, a preocupação inútil ocupa a nossa mente nos levando a pensar coisas que não irão acontecer, deixando a nossa mente num verdadeiro estado de stress.

Segundo a autora, existem dois tipos de preocupação:

A preocupação natural, que são trazidas por aqueles 8% que de facto são problemas. E a preocupação nociva, aquela que “é incontrolada, que se infiltra nos nossos pensamentos, contaminando nossa alegria e com convencendo a desistir das soluções antes mesmo de tentar”.

Quando eu estava esperando pelo comboio, e lendo o título, eu pensei “Bem eu até tenho uma preocupação extra, deixa eu ler isso…” .
Fui lendo os sintomas e não achei que fosse uma neurótica em preocupação... Até que acabei de ler e me identifiquei com tudo aquilo, e aí pensei “Bem na verdade sou” (rs)

Houve uma vez, que eu tinha que apresentar um trabalho na faculdade, e eu estava um pouco nervosa por ter que apresentar sozinha para todas aquelas pessoas, mas eu tinha me esforçado e tinha realizado um bom trabalho. Como uma neurótica em preocupação, eu imaginei tudo o de ruim e bom que poderia acontecer. Quando acabei de apresentar o trabalho a professora teve uma reacção normal, e eu caí no negativismo, pensei: “será que fui mal?”. E veio aquela inundação de pensamentos que não tinham lógica nenhuma…

Muitas vezes, ficamos pensando demais numa determinada reunião, ou algo parecido, de uma forma muita ansiosa, e quando tudo acaba, pensamos: “Bem, nem foi o que eu esperava, fiquei ansioso e foi tão normal!”

O facto é que devemos nos preocupar sim, mas apenas com aqueles 8%, e não com coisas absurdas. O maior problema da preocupação nociva, é que ela não se concentra no verdadeiro problema, pelo contrário ela traz ainda mais problemas. Acabamos por deixar de lado os verdadeiros problemas e de como resolve-los, para resolver os problemas trazidos pela preocupação nociva.

Mas como acabar com essa preocupação?

Primeiro passo: descubra em quais aspectos, você tem preocupação nociva. Eu, por exemplo, quando ando com uma quantia a mais de dinheiro na bolsa, de meia em meia hora olho para dentro da bolsa para ver se o dinheiro ainda está lá, e claro como ser inanimado que é, o dinheiro fugiu, está no mesmo lugar. Ou então, quando estou com um bilhete (passagem) de comboio, ou de outro meio de transporte, e vejo o revisor (cobrador), pode ser a 500 metros de distância, já tiro para ver se não o perdi, e se acontece de eu não o achar imediatamente, eu já fico imaginando um milhão de coisas…

Segundo passo: quando vier essa preocupação, você deve ocupar a sua mente com coisas que possam distrair, leia um livro, por exemplo.

Terceiro passo: quando você tiver que agir imediatamente, e em algo que não seja uma verdadeira preocupação, não fique pensando demais e pensando nas consequências e sim AJA.

Eu estou combatendo minha preocupação, e espero em breve estar escrevendo aqui, novamente, contando de como foi bom vence-la.
Mas até lá, minha maior e verdadeira preocupação é acabar com essa preocupação nociva.

E a sua preocupação qual é?

“ (…) Não andeis ansiosos pela vossa vida (...) ” Mat. 6.25

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