O rei Construtor


Um dia um rei decidiu fazer uma cidade. Decidiu que seria a melhor cidade do mundo. As casas seriam grandes, as ruas seriam largas, haveria espaços verdes por todo o lado, zonas recreativas, transportes rápidos e baratos, lojas com produtos de qualidade a um bom preço, todo o tipo de serviços sem filas de espera. Planeou tudo muito bem, sozinho, e depois mandou construir a cidade.



Assim que concluiu a cidade, declarou aos seus súbditos o que havia feito, e convidou-os a mudarem-se para a nova cidade. No entanto ficou boquiaberto quando reparou que ninguém quis ir para lá. A cidade poderia ser maravilhosa aos olhos do rei, mas os seus súbditos não tinham feito parte do processo de planeamento da cidade, nem tão pouco no processo de edificação. E olhando para a cidade, não a viam como sua. Vendo bem, nem era aquilo que realmente desejavam, apenas era o que o rei pensava que eles desejavam.



Por isso os súbditos decidiram na maioria continuar onde estavam, perto das suas famílias, perto dos seus amigos, nos sítios que sempre conheceram e aprenderam a amar. Os poucos que foram para a cidade foram os que não tinham qualquer tipo de relacionamentos. E assim a cidade tornou-se um sítio frio e vazio, sem relacionamentos chegados entre as pessoas.

Por vezes queremos agradar às pessoas que amamos, mas esquecemos de perguntar os seus gostos, as mesmas ideias, os mesmos ideais. Se quiser agradar a alguém, tente que essa pessoa tenha participação.

Pergunte a opinião, não imponha a sua! 

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